Posted by : Nuno T. Menezes Gonçalves 23 outubro 2012

«Um bom exemplo da importância deste exercício, revelador do valor que damos às nossas prioridades na distribuição do tempo, é este conselho que já tenho dado algumas vezes a alguns pais: convidem os vossos filhos para almoçar! Um de cada vez e com tempo... para estar e ouvir. Ou vão dizer-me que não têm tempo?
(...)

"convida-o para almoçar...".

Ele ficou sem saber o que dizer... "Sim, põe na tua agenda, e convida-o para almoçar. Telefona-lhe para o telemóvel, e convida-o para almoçar. Mas não para lhe perguntares pelas notas, não para saber se tem namorada... Não para fazer essas perguntas todas que os pais têm a mania de fazer e que às vezes não deviam fazer, ou que deviam fazer, mas na hora certa, e sem aquele ar 'chateado' e no meio de outras gritarias! Tens tempo para todos os almoços de trabalho que queres, por que é que não hás-de almoçar com o teu filho?... Este é um almoço de trabalho do afecto! Porque ele sabe que tem pai, saber sabe... mas não o sente. O grande problema pode vir daí: se ele não 'sente' que tem pai... e tu também não vais tendo oportunidade (tempo) de exercer a tua paternidade, fica difícil. Experimenta exercê-la mais vezes!".

(...)

Portanto, cada um que se examine. Pois, a questão é esta: se eu quiser ter tempo para aquela criança, tenho.

(...)

Nós temos tempo para aquilo que realmente queremos, para aquilo que levamos no coração, não para aquilo que levamos na cabeça. E há aqui um trabalho enorme a fazer de educação dos afectos.»


P. Vasco Pinto Magalhães, sj
Só avança quem descansa

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