Archive for outubro 2010
Sonho
Segredos escondidos no aposento secreto do coração.
Rostos e desejos espalhados de cada vez tentar um igual percurso.
Grito curto, abrasado, dentro de quartos fechados.
A voz ténue me levando através das neblinas.
Em ti as palavras ditas se dissolvem.
Um fim que quer passar por um começo,
onde a Lua surge redonda e nos distrai.
Não vejo, não escuto, enveredo
por um longo caminho, sem mapa
– Agora, promete-me ser eterno –
e não deixo sinais para voltar.
NMG
Continua o ataque às famílias
É isto o Estado Social?
CDS pede apreciação parlamentar do decreto que corta no abono de família
«“Retirar o abono de família a pessoas que recebem 629 euros por mês é algo que demonstra uma política anti-social, anti-família e anti-natalidade. Para o CDS é fundamental que, quem tem filhos em idade escolar e recebe pouco, possa ter um complemento por parte do Estado, que o é o abono de família”, contrapôs Pedro Mota Soares.
Pedro Mota Soares disse mesmo não compreender “como é que um Governo que tantas vezes enche a boca com o Estado social adopta medidas como esta, ou como outra que retira o 13.º mês às pessoas mais pobres, que recebem abaixo do salário mínimo e que têm filhos em idade escolar”.»
O que é pior que o (utópico) Socialismo?
Portugal tem 3º menor crescimento da década no mundo
«Portugal teve o terceiro menor crescimento económico do mundo na última década (6,47%), ganhando apenas à Itália (2,43%) e ao Haiti (-2,39%), numa lista de 180 países publicada pelo El País com base em dados do FMI.»
(ver artigo completo)
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A resposta é simples:
O "Socialismo" de José Sócrates.O so-called "Estado social" que rouba os mais pobres e fortalece os mais ricos. O governo de dois mandatos à deriva, sem qualquer estruturação de ideais. O monstro sugador de riqueza do Estado. A estratégia política da queima-roupa.
Mar
Porto Covo |
Em que estás a pensar?
O seu rumor imenso, ouço-o da distância, procuro-o entre as últimas estrelas. Pequeno eu, face à sua imensidão. Obstinado, cavernoso, ouço-o. Mas o mistério deve preservar-se, para salvaguardarmos o respeito e o medo, haver ordem no mundo. Sento-me, e o seu estrondo cadenciado, depois o seu marulhar, fervorosa ressonância, segreda-me, um aroma acre a fertilidade. Respiro-o fundo com a vitalidade da manhã, rejuvenesce-me, percorre a ramificação do meu ser.
Em que estás a pensar?
Estou à espera que o dia nasça, espero que tu surjas e me reveles o mistério do mar. Espero pelo toque da tua mão. E então mergulharemos nas águas, e renasceremos de dentro delas. Como novo mistério, o sentir. Duas pessoas, uma. Porque o sentir é o que está mais próximo do ser.
Ou faz-se de ingénuo ou faz dos outros uma cambada de parvos
«Existe um certo preconceito no poder judicial. Alguns magistrados não aceitam muito bem a maçonaria. E, com medo que a opinião publica os condene - baseada naquela ideia de que a maçonaria é como uma instituição tentacular, uma espécie de polvo, que controla as instituições de todos os poderes, o que é inteiramente falso - não o assumem. Isso pode criar desconfianças, suspeitas dentro do poder judicial relativamente à condição de maçon de determinado juiz ou procurador. Por isso a maioria prefere não revelar.»
António Reis
in ionline (ver artigo completo)
O melhor regime
Se o melhor regime for definido como aquele que um - talvez o mais sábio, o mais forte, ou o melhor - deve governar, então esse um pode, segundo a definição do melhor regime, entregar o poder a alguns ou a todos, dado que é a ele que cabe decidir ou governar. Chegamos então a um paradoxo: uma decisão conforme à definição de melhor regime conduz à destruição desse mesmo regime. Este paradoxo ocorrerá qualquer que seja a resposta à pergunta «quem deve governar?» (um, alguns, ou todos reunidos em colectivo) e decorre da própria natureza da pergunta - que remete para uma resposta sobre pessoas e não sobre regras que permitam preservar melhor o regime.
Estes pressupostos vão então decorrer da resposta a outro tipo de pergunta: não sobre quem deve governar, mas sobre como evitar a tirania, como garantir a mudança de governo sem violência. O meio para alcançar este objectivo residirá então num conjunto de regras que permitam a alternância de propostas concorrentes no exercício do poder e que impeçam que, uma vez chegadas ao poder, qualquer delas possa anular as regras que lhe permitiram lá chegar.
5 de Outubro de 1143
Em 1143, em Zamora, na presença de um delegado do papa, o cardeal Guido de Vico, Afonso VII, rei de Leão e Castela, reconheceu o primo seu vassalo Afonso Henriques como rei. Mas, para o monarca leonês e castelhano, que se havia proclamado imperador em 1135, tal reconhecimento não significava uma dissolução do vínculo vassálico entre os dois. Afonso Henriques seria rei, mas subordinado ao seu imperador. A visão do rei português era, claro está, diferente. Ao mesmo tempo que foi reconhecido pelo primo, o monarca português prestou homenagem ao papa Inocêncio II, dispondo-se a pagar-lhe um censo de quatro onças de ouro anuais e afirmando que o considerava como seu único senhor. Excluía, portanto, qualquer espécie de subordinação a Afonso VII. Na conferência de Zamora, assina-se, portanto, a paz definitiva, e é reconhecida finalmente a independência de Portugal.
Foi precisamente no dia 5 de Outubro de 1143 - há 867 anos - que Portugal foi considerado formalmente um Estado Independente, através do Tratado de Zamora. E, por isso, do ponto de vista histórico e jurídico, a data da nossa fundação – do nascimento de Portugal. Todos os países evoluídos do mundo comemoram a sua fundação, e essa sim é motivo de festa, de orgulho, de coesão nacional. O Estado português comemora, no entanto, a implantação da república portuguesa: um regime imposto aos portugueses por um golpe de estado feito contra a vontade do povo e do qual se aproveitaram organizações criminosas como a maçonaria, que dois anos antes tinha dado ordens para o assassínio do Rei D. Carlos I de Portugal.
Com o golpe de estado de 1910, Portugal enveredou por um caminho em que gradualmente perdeu a sua identidade histórico-cultural, onde a tradição cristã da qual somos herdeiros se desvaneceu sob o domínio desta III república que putrefaz em cada amanhã que nasce sob as cores vermelha e verde (esteticamente indefensáveis e ainda mais eticamente), o qual culmina hoje com a profunda crise de valores e de identidade que assola o hastear da bandeira portuguesa.
No nosso tempo, a Democracia é a parede-mestra de todos os regimes do mundo ocidental. Em Portugal porém, o regime republicano faz uma apropriação descabida da palavra Democracia. A fundamentar esses "direitos de autor", os opositores da Monarquia disparam a não-elegibilidade do Chefe de Estado nas Monarquias e portanto a perda de poder de escolha por parte do povo sobre "quem manda". Ora, como quem "manda" não é o Chefe de Estado, (Rei ou Presidente da República) mas sim um colectivo de ministros que governa liderado por um Primeiro-Ministro, este argumento morre à nascença. Ao Chefe de Estado (de todo confundível com Chefe de Governo) competem as funções de diplomata número 1 do seu país, de símbolo vivo da nação, elemento de equilíbrio e estabilidade. Um rei, pela vantagem de tomar posse ad mortem, desempenhará estas tarefas naturalmente e com facilidade: um longo reinado permite a consolidação duma forte carreira diplomática através do prestígio pessoal do monarca. O rei garante tradição e valores da nação, institucionaliza-se como símbolo do legado e da história nacional e, "reinando-não-governando", vigia a rotação dos governos cujas acções e políticas, tal qual um gestor experiente, refreia ou estimula. “Juízes nascem, advogados fazem-se". Um Presidente da República, por melhor que seja, jamais presta grandes serviços: a limitação cronológica do cargo permite-lhe apenas aquecer a cadeira.
Citando D. Duarte Pio de Bragança, «
Decida-se lá: vai-se demitir ou não?
Não sei se isto me envergonha tanto quanto me diverte e me deprime.
Seguiu à risca o conselho do seu bom amigo: "Spique in béd inglish".
Seguiu à risca o conselho do seu bom amigo: "Spique in béd inglish".
Posted by Nuno T. Menezes Gonçalves