Archive for outubro 2011
Tendências
Façamos arte pela arte, noutro sentido que o velho, não esperando que nos vejam, sabendo, até, que não nos verão. Pensemos, sonhemos. Assim poderemos trabalhar calmos e cuidadosos, pois o que criarmos se não destina a hoje ou a amanhã, mas tem o instinto da perfeição do que não é destinado a ninguém, na divina calma de não ter um fim. Talvez outras gerações o conheçam, e talvez não o conheçam nem nos conheçam também, e, de qualquer modo, não importa.
Porque é bela a arte? Todos os caminhos são para ir de um ponto para o outro. Quem nos dera o caminho feito de um lugar donde ninguém parte para um lugar para onde ninguém vai!
Simple things
Sugestões de verbas da despesa pública perfeitamente passíveis
de serem cortadas do Orçamento de Estado:
Acabar com o
"aborto gratuito" no Serviço Nacional de Saúde: no referendo, o povo
português só aprovou a despenalização do aborto, não a promoção do aborto
através de subsídios políticos;
Acabar com a atribuição
do "subsídio de maternidade" e a licença de 30 dias para as mulheres
que abortam uma ou até várias vezes por ano;
Acabar com o subsídio
de viagem e alojamento dado a mulheres das regiões autónomas que vêm abortar a
Lisboa.
Em vez de se cortarem os subsídios de férias e de Natal, é muito
mais lógico e ético impedir que o dinheiro dos portugueses seja usado para
matar gerações futuras.
Simples!
'D. Quixote de la Mancha', Miguel de Cervantes
A história de Dom Quixote de la Mancha pode bem começar com uma citação sua: «Não tenho medo de nada nem de ninguém e muito menos de dois leões que não passam de fracos gatinhos». Também apelidado de Cavaleiro da Triste Figura, por ter perdido grande parte dos seus dentes numa peculiar aventura e pelo seu ar escanzelado e esguio, o nosso herói é nada mais nada menos que um valente louco com virtudes inúmeras.
O pacato Alonso Quixano, de tantos livros da Cavalaria Andante ter lido, um belo dia quase exigiu que fosse ordenado cavaleiro andante e transformou-se no ilustre D. Quixote de la Mancha. Em virtude do título ganho, rumou cavalgando a terras espanholas, no seu cavalo Rocinante, em busca de ressuscitar a perdida Ordem da Cavalaria Andante e de honrar a sua donzela Dulcineia de Tolboso com as suas fartas façanhas e conquistas, sempre acompanhado do seu fiel escudeiro Sancho Pança.
Herói de comportamento irretorquível, de amores infinitos, de coragem inabalável, com pureza de consciência, católico inabalável, de uma enorme fidalguia e, não obstante todas estas qualidades, com a sua veia de loucura. Exemplos dessa loucura são a aventura dos moinhos de vento que foram tomados como gigantes perversos, do enorme rebanho de ovelhas considerado como um imenso exército inimigo e da bacia do barbeiro que foi vista como o fabuloso elmo de Mambrino.
A obra de Miguel de Cervantes foi talvez o primeiro verdadeiro romance da literatura universal. E que este prémio, por assim dizer, não seja algo que assuste os leitores... muito pelo contrário! Apesar da linguagem arcaica, é um livro relativamente acessível e repleto de ensinamentos e moral, para não falar do entretenimento constante que proporciona ao leitor. Pelas inúmeras aventuras do insigne D. Quixote de la Mancha, lê-lo é honrar o seu espírito puro e excêntrico, eterno protesto da louca razão!