Posted by : Nuno T. Menezes Gonçalves 08 julho 2012


O circo que se instaurou pela descoberta de mais uma licenciatura polémica duma figura importante do Governo português foi um mero ataque circunstancial à credibilidade dos políticos? Ou terá antes sido uma manobra estratégica do próprio Governo?



Enquanto as manchetes dos jornais e os destaques televisivos se focavam na Universidade Lusófona de Lisboa, em Belém alinhavava-se o ataque aos subsídios do sector privado como forma de "combater as injustiças" em relação ao sector público. O Tribunal Constitucional, como se temia, entendeu que os sacrifícios da austeridade não podem ficar confinados aos funcionários públicos e pensionistas e deveriam ser, de certa maneira, estendidos, pelo menos numa medida equivalente, aos outros cidadãos. Portanto, no entendimento de Passos Coelho, é mais justo cometer duas ilegalidades do que pôr termo a uma.
Para desviar o olhar desta nova polémica, imediatamente se reacendeu o interesse na licenciatura de Miguel Relvas, que autorizou os media à consulta ao seu dossier académico, dando assim mais tempo de antena para discussões sobre as formações "em cima do joelho" dos políticos portugueses, os jogos de cadeiras de poder e todos os afins que nos levam a questionar até que ponto valerá a pena investir numa formação académica.
Miguel Relvas, além de se afigurar como o bobo da corte, dá cartadas de Luís de Matos. Uma cadeira à qual poderá ainda ter equivalência, se tudo o que achamos ser aparentemente transcendente continuar a revelar-nos surpresas.

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