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- Do debate presidencial Cavaco-Alegre
Posted by : Nuno T. Menezes Gonçalves
30 dezembro 2010
Foi sem dúvida interessante ver um Cavaco Silva aguerrido e que não se ficou sem resposta perante as insinuações do candidato adversário, tal como foi interessante ver a atitude trapalhona à PS entranhada no candidato Manuel Alegre. Continuava com alguma dúvida sobre se o voto seria em branco ou para Cavaco Silva, até Manuel Alegre proferir as seguintes palavras no seu comentário final: «Eu dirijo-me (...) àqueles que se reclamam da doutrina social da Igreja e querem uma sociedade mais justa e solidária». Agora sei que o meu voto vai para Cavaco Silva, para prevenir males maiores.
Vamos lá ver uma coisa, a doutrina social da Igreja é que cria desigualdades? Então não é este governo "socialista" que diz proteger o Estado social mas só faz o contrário? E ainda ontem deu mais provas disso, quando se constata que a aplicação da taxa moderadora da saúde aos mais desfavorecidos embate contra um princípio muito forte do dito Estado social que é o do acesso universal ao sistema de saúde. Foi precisamente a pergunta que deixou Manuel Alegre sem resposta, ou melhor dizendo, respondeu à PS: enrolou e não disse nada.
O candidato que se informe melhor antes de lançar críticas à doutrina social da Igreja, porque nela diz (e passo a citar) «Os Socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem, e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida, que os bens dum indivíduo qualquer devem ser comuns a todos, e que a sua administração deve voltar para – os Municípios ou para o Estado. Mediante esta transladação das propriedades e esta igual repartição das riquezas e das comodidades que elas proporcionam entre os cidadãos, lisonjeiam-se de aplicar um remédio eficaz aos males presentes. Mas semelhante teoria, longe de ser capaz de pôr termo ao conflito, prejudicaria o operário se fosse posta em prática. Pelo contrário, é sumamente injusta, por violar os direitos legítimos dos proprietários, viciar as funções do Estado e tender para a subversão completa do edifício social». Portanto, se quer uma sociedade mais justa e solidária, não venha demandar satisfações à doutrina social da Igreja, porque ela nada tem a ver com as injustiças que o governo de José Sócrates criou!
Vamos lá ver uma coisa, a doutrina social da Igreja é que cria desigualdades? Então não é este governo "socialista" que diz proteger o Estado social mas só faz o contrário? E ainda ontem deu mais provas disso, quando se constata que a aplicação da taxa moderadora da saúde aos mais desfavorecidos embate contra um princípio muito forte do dito Estado social que é o do acesso universal ao sistema de saúde. Foi precisamente a pergunta que deixou Manuel Alegre sem resposta, ou melhor dizendo, respondeu à PS: enrolou e não disse nada.
O candidato que se informe melhor antes de lançar críticas à doutrina social da Igreja, porque nela diz (e passo a citar) «Os Socialistas, para curar este mal, instigam nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem, e pretendem que toda a propriedade de bens particulares deve ser suprimida, que os bens dum indivíduo qualquer devem ser comuns a todos, e que a sua administração deve voltar para – os Municípios ou para o Estado. Mediante esta transladação das propriedades e esta igual repartição das riquezas e das comodidades que elas proporcionam entre os cidadãos, lisonjeiam-se de aplicar um remédio eficaz aos males presentes. Mas semelhante teoria, longe de ser capaz de pôr termo ao conflito, prejudicaria o operário se fosse posta em prática. Pelo contrário, é sumamente injusta, por violar os direitos legítimos dos proprietários, viciar as funções do Estado e tender para a subversão completa do edifício social». Portanto, se quer uma sociedade mais justa e solidária, não venha demandar satisfações à doutrina social da Igreja, porque ela nada tem a ver com as injustiças que o governo de José Sócrates criou!
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