- Back to Home »
- Livros »
- 'D. Quixote de la Mancha', Miguel de Cervantes
Posted by : Nuno T. Menezes Gonçalves
06 outubro 2011
A história de Dom Quixote de la Mancha pode bem começar com uma citação sua: «Não tenho medo de nada nem de ninguém e muito menos de dois leões que não passam de fracos gatinhos». Também apelidado de Cavaleiro da Triste Figura, por ter perdido grande parte dos seus dentes numa peculiar aventura e pelo seu ar escanzelado e esguio, o nosso herói é nada mais nada menos que um valente louco com virtudes inúmeras.
O pacato Alonso Quixano, de tantos livros da Cavalaria Andante ter lido, um belo dia quase exigiu que fosse ordenado cavaleiro andante e transformou-se no ilustre D. Quixote de la Mancha. Em virtude do título ganho, rumou cavalgando a terras espanholas, no seu cavalo Rocinante, em busca de ressuscitar a perdida Ordem da Cavalaria Andante e de honrar a sua donzela Dulcineia de Tolboso com as suas fartas façanhas e conquistas, sempre acompanhado do seu fiel escudeiro Sancho Pança.
Herói de comportamento irretorquível, de amores infinitos, de coragem inabalável, com pureza de consciência, católico inabalável, de uma enorme fidalguia e, não obstante todas estas qualidades, com a sua veia de loucura. Exemplos dessa loucura são a aventura dos moinhos de vento que foram tomados como gigantes perversos, do enorme rebanho de ovelhas considerado como um imenso exército inimigo e da bacia do barbeiro que foi vista como o fabuloso elmo de Mambrino.
A obra de Miguel de Cervantes foi talvez o primeiro verdadeiro romance da literatura universal. E que este prémio, por assim dizer, não seja algo que assuste os leitores... muito pelo contrário! Apesar da linguagem arcaica, é um livro relativamente acessível e repleto de ensinamentos e moral, para não falar do entretenimento constante que proporciona ao leitor. Pelas inúmeras aventuras do insigne D. Quixote de la Mancha, lê-lo é honrar o seu espírito puro e excêntrico, eterno protesto da louca razão!
Enviar um comentário